Quiinaceae

Quiina glaziovii Engl.

LC

EOO:

2.373.257,547 Km2

AOO:

280,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Rocha, 2018), com ocorrência no estado: Bahia (Passos Júnior 832), Espírito Santo (Siqueira 162), Minas Gerais (Belém 502), Paraná (Hatschbach 41783), Rio de Janeiro (Kullman 950), Santa Catarina (Oliveira 2635), São Paulo (Marchiori 232).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Eduardo Amorim
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore de até 15 m, endêmica do Brasil (Rocha, 2018). Popularmente conhecida por javarana, foi coletada em Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) e Floresta Estacional Decidual associadas a Mata Atlântica nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Apresenta distribuição ampla, EOO=198474 km², diversos registros depositados em coleções biológicas, inclusive com coletas realizadas recentemente (2016), e ocorrência confirmada em Unidades de Conservação de proteção integral. A espécie ocorre em múltiplas fitofisionomias, de forma ocasional na maior parte das localidades em que foi registrada. Não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua existência na natureza. Em Santa Catarina, Q. glaziovii é considerada uma espécie comum, com ampla distribuição, sem especificidade de habitat e população abundante (Gasper et al., 2018). Assim, Q. glaziovii foi considerada como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza.

Último avistamento: 2016
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido
Razão para reavaliação? New information

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Fl. Bras. (Martius) 12(1): 482. 1888. Popularmente conhecida por javarana em Santa Catarina (Vibrans et al., 2013a). De acordo com especialista botânico a espécie: 1 - apresenta uso (madeira, frutos, paisagismo, etc). R.: Não; 2 - ocorre em Unidades de Conservação. R.: Não. Mata Atlântica; 3 - apresenta registros recentes, entre 2010-2018. R.: Sim; 4 - é uma espécie com distribuição ampla. R.: Não. Mata Atlântica; 5 - possui amplitude de habitat. R.: Não; 6 - possui especificidade de habitat. R.: Sim; 7 - apresenta dados quantitativos sobre o tamanho populacional. R.: Não; 8 - em relação a frequência dos indivíduos na população. R.: Rara; 9 - apresenta ameaças incidentes sobre suas populações. R.: Redução visível da Mata Atlântica brasileira (Mario Gomes, com. pess. 06/11/2018).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Em Santa Catarina, Quiina glaziovii é considerada uma espécie comum, com ampla distribuição, sem especificidade de habitat e população abundante (Gasper et al., 2018). O Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina registrou 33 indivíduos no componente arbóreo/arbustivo e densidade absoluta de 8,2 ind./ha na regeneração natural da Floresta Ombrófila Densa (Vibrans et al., 2013a).
Referências:
  1. Gasper, A.L. de, Oliveira, L.Z., Lingner, D.V., Vibrans, A.C. (Orgs.), 2018. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol. VII, Espécies arbóreas raras de Santa Catarina. Edifurb, Blumenau, 256 p.
  2. Vibrans, A.C., Sevegnani, L., Gasper, A.L. de, Lingner, D.V. (Orgs.), 2013a. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, vol. IV, Floresta Ombrófila Densa. Edifurb, Blumenau, 576 p.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Fenologia: perenifolia
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Estacional Decidual
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Clone: unkown
Rebrotar: unkown
Detalhes: Árvores até 15 m de altura, ocorrendo exclusivamente na Mata Atlântica (Rocha, 2018).
Referências:
  1. Rocha, A.E.S. Quiinaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB596934>. Acesso em: 12 Dez. 2018

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1 Residential & commercial development habitat,mature individuals past,present,future national very high
Perda de habitat como conseqüência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001).
Referências:
  1. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Atlantic Forest Biodiversity Hotspot, Brazil. Ecosystem Profiles. https://www.cepf.net/sites/default/files/atlantic-forest-ecosystem-profile-2001-english.pdf (acesso em 31 de agosto 2018).
  2. Ribeiro, M.C., Metzger, J.P., Martensen, A.C., Ponzoni, F.J., Hirota, M.M., 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biol. Conserv. 142, 1141–1153.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 5.3 Logging & wood harvesting habitat,mature individuals past,present,future national very high
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2016-2017. Relatório Técnico, São Paulo, 63p.

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1 Land/water protection on going
A espécie foi registrada no Parque Estadual da Serra do Conduru (Martini s.n.), Parque Nacional Guaricana (Völtz 1094), Parque Estadual do Marumbi (Silva s.n.), Parque Estadual da Pedra Branca (Solórzano 45), Parque Estadual da Serra do Mar (Padgurschi 589), Parque Estadual Carlos Botelho (Souza 30243), Parque Estadual da Ilha do Cardoso (Melo 733).
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente -SEA : Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.